sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Voltem a acender as velas...!
















Bom, cá estamos de novo em vésperas de Natal.
Contráriamente ao ano passado, este ano vou passá-lo no Alentejo, mais precisamente no monte. Fico contente por isso pois, como já disse no tópico no ano passado, acho o Natal na cidade muito triste. Para além de se estar fechado em quatro paredes, betão e mais betão, é tudo muito frio, o calorífero não tem a mesma beleza de uma lareira, o alcatrão não emana o cheiro a terra húmida dos campos, os sinos não tocam tão intensamente, os prédios não se comparam ao rústico das casas (principalmente a minha), não existem galos, ovelhas, coelhos, os meus cães, toda a panóplia de cheiros e sons característicos e, por fim, o próprio convívio entre familiares não é tão intenso, como no campo.

Em Lisboa os familiares passam a consoada e ao final da noite vão todos para as suas casas, e o mesmo se passa no dia seguinte. No Alentejo, tenho a sorte de poder passar a noite com todos eles e acordar na mesma casa, conviver,... estar em família, no verdadeiro sentido do termo.
Como não tenho grandes crenças católicas, esta época para mim não tem grande significado religioso, a não ser o que a sociedade em si lhe dá. Gosto do Natal por ser a festa da família. Não é que a minha família seja exemplar, pois até nem é, e esta época em especial não é passada com familiares de fora do meu círculo habitual, o que é fantástico, porque não tenho de estar a fazer sala para ninguém, pois toda a gente se sente como se estivesse em sua casa. Também não tenho de apanhar com a tia que não se vê há 10 anos e que sempre nos diz " estás tão crescido, um verdadeiro homenzito"!!!

Podem achar muita caretice da minha parte, mas gosto muito de alguns hábitos desta quadra natalícia. Desde as músicas, à comida, doces, decorações, o calor do lume, o frio da manhã,... vive-se alguma paz e felicidade, pelo menos durante 2 dias, que não se vive em mais nenhuma época do ano. Isto claro, estou a falar da minha experiência, e da sorte que tenho em poder tê-la, pois nem todos têm essa sorte.

Apesar de abominar o lado consumista do Natal, este ano lá me estiquei de novo. Bem, quando digo "esticar", entenda-se, é proporcional ao que ganho, pois há por aí muita gente que deve ter gasto mais numa só prenda, do que eu em todas as que comprei! Cada um lá sabe o que pode e deve gastar! Eu não censuro o valor dos presentes, mas sim aqueles que fazem sacrifícios, para poder oferecer algo acima das suas possibilidades, faltando depois comida em casa, ou ficando a pagar créditos até ao verão. O Natal realmente não tem nada a ver com isso. Eu, se por vezes gasto um pouco mais do que devia, é porque gosto de oferecer. Bem sei que posso fazê-lo o ano todo, mas acabo sempre por gastá-lo em outras coisas. Como tal, nesta altura do ano faço um sacrificiozito de poupar um bocado para poder oferecer aos meus familiares algo, por mais simples que seja. É sempre bom ver a alegria das pessoas a desembrulhar o seu presente.

Claro que quase me esfaqueei ao presenciar exageros nos centros comerciais, pessoal a atropelar-se desde o início do mês, para comprar o mais possível, sem no entanto ser capaz de oferecer 1 centimo que seja a um mendigo na rua. Mas também tive a possibilidade de, mais uma vez, tocar na festa de Natal do IPO, e partilhar um pouco de felicidade com aqueles que há muito perderam o motivo para a ter. O Natal tem destas coisas. Estimula os mais diferentes sentimentos e comportamentos, uns melhores, outros piores. Chega a dia 26 de Dezembro e volta tudo à selvajaria do costume.

A minha irmã esteve cá esta semana. Tenho pena de, mais uma vez, não poder vê-la passar o Natal connosco. Apesar de estar na Finlândia, a terra do Natal por excelência, onde comem uns fantásticos pernis de fiambre fumados, salmão, doces tradicionais, bebem Glögi e têm neve,....muita neve!..... renas e tudo o mais..... o Natal em Portugal com a família é sempre diferente. Espero que, mesmo assim, o passem bem. :)

Ultrapassando esta fase, chega o fim do Ano!!!

Ora, o ano de 2005 começou stressante, com imensos trabalhos e cenas para acabar da Universidade, mas ao mesmo tempo contente por ter ficado curado da pseudo-doença que me afectou durante longos meses de amargura. Passou-se a época de exames, e quase sem dar por conta já estávamos na Páscoa. Bom, mas se o fígado ficou bom, logo logo, houve outro órgão que foi atropelado: por esta altura termina o meu namoro, que hoje posso afirmar como tendo sido o pior acontecimento que vivi, logo a seguir ao divórcio dos meus pais. Foram quase 7 anos, mais precisamente, 1/4 da minha vida. Não é mole.
Entretanto, sem dar por conta, começa o segundo semestre, que por esse e outros motivos não corre assim muito bem e, supresa das surpresas, surgem novas regras na Universidade, que me obrigam a ficar a fazer cadeiras em atraso.

É verão! O regresso a Sagres só traz boas recordações e passados 17 ou 18 dias no Algarve, enriqueci o meu livro de memórias com outras tantas e tão boas. Essa parte todos vivemos juntos e como tal não me vou alargar. Um abraço em especial para o Alves pela paciência que teve em aturar a marginalidade que se viveu.

O ano académico de 2005/2006 não começa da melhor forma logo que me inteirei da realidade: iria ter de ficar a repetir cadeiras. O reverso da medalha é que, se tudo correr bem, entro no 3º ano com tudo feito, e é isso que me dá ânimo.
Voltam as actividades da tuna, compro finalmente a minha bike, o frio e a chuva regressam, passo por alguns momentos de tristeza à mistura com outros tantos de euforia.... e cá estou eu de novo a acabar, de uma forma muito breve, o balanço de 2005. Não deveria dizer que foi negativo, pois todas as experiências que vivemos à partida serão positivas, mas tenho de assumir que foi um ano com saldo negativo, até ao dia de hoje.

O fim do ano está à porta e espero que acabe da melhor forma possível. Vai ser quase uma semana em Sagres, somente 2 dias para a maioria, mas as últimas horas de 2005 serão, sem dúvida, passadas em êxtase. Era para ir para a Corunha e, acreditem que pesei esta decisão até ao último minuto. Seria um fim de ano louco, não tenho dúvidas. Mas Sagres falou mais alto, e julgo que não me arrependerei... pelo menos quero acreditar nisso.

Já falta pouco....

Desejo-vos a todos um excelente Natal, com muita felicidade, abundância e alegria junto daqueles que vos são mais queridos.

Quanto ao fim do ano, depois a gente conversa! ;)

Em especial para a minha irmã, um beijinho grande!

"Hyvää Joulua ja Onnellista Uutta Vuotta"!


Beijocas e Abraços

Gonça

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Recordar o passado.....

Ao vaguear pela net, dei por mim num fórum que, por sinal, adicionei à minha lista de links recomendados, pois é uma preciosidade no panorama português,... já que sites estrangeiros a falar deste tema, são mais que muitos!

Refiro-me, caso ainda não tenham reparado, às deliciosas séries e desenhos animados da nossa infância, que devorávamos com afinco!

Quem não se lembra do "Bocas"??
















E do meu favorito, o "Era uma vez a vida"??!! :)




















...havia lá desenho animado mais pedagógico e lúdico? Eh pah... eram brutais!


Calma.... há para todos os gostos! Recordam-se destes traquinas?



...de seu nome "Heckle & Jeckle" :)










....tantos e tantos! Ora aqui vai um exemplar de meados dos anos 80



HE MAN!!!!!!!




Digam lá que não gostavam!!!?? :)

Também adorava o "Plastic Man", esse grande maluco!








e os "Estrumpfs" ??? :)


Podia falar de tantos outros como: "Família Buscapé", "Pantera Cor-de-Rosa" apresentada pelo mítico Vasco Granja, "Godzila", "Os amigos de gaspar", "Ursinho Misha", "Tom Sawyer", "Dartacão",
E as fantásticas séries como "Duarte & Companhia", "Jovens heróis de Shaolin", "Misteriosas cidade de ouro", "Balada de Hill Street", "Knight Rider", "Raio Azul", "Miami Vice", "Os 3 Duques", "V- A batalha final", "Twilight Zone".........

... víamos tantas e hoje quase não vejo nada!...

..."O Cão Vagabundo"... quem não se lembra? :)

....ou quem sabe, este já aqui abaixo? ;)



















Pois é, sentem-se velhos? Mais uns aninhos, são os putos de hoje a recordar os "Morangos com Açucar" da mesma forma que nós recordamos o McGyver....julgo eu! :)

Vivíamos num tempo em que não havia consolas, não se saía até tarde, não havia tvcabo, limitando-nos à velhinha RTP1 e RTP2..... e consumíamos tudo, começando no "Esquadrão Classe A" até acabar no "Alf", que fizeram as delícias da nossa juventude.

Nos intervalos dos desenhos animados íamos jogar ao berlinde, ou talvez à carica! Ok, as meninas entretinham-se com o elástico e a jogar à "macaca".
Andavam elas de volta dos posters do Bryan Adams que saía naquelas revistas manhosas de música tipo "SuperSom", andávamos nós na rua feitos marginais a construir carrinhos de rolamentos ou a atirar grão com tubos aos vizinhos que passavam na rua! Bons tempos!

Não vos vou massacrar mais com estas penosas recordações, até porque este foi o post mais nostálgico que eu alguma vez coloquei no meu blog! Acho que envelheci uns 10 anos só a recordar isto!

Espero que tenham gostado! hehe

Beijocas e Abraços

Gonça

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Recordações de Sagres


























































































Pois é, este ano fiquei de fazer um balanço das férias, mas não fui capaz. Apesar de ter gostado muito das férias deste ano, continuo a achar que não superou os anos anteriores. Bem sei que nenhum ano é igual mas, ainda hoje, ao escolher estas fotos, babei a ver as dos anos anteriores.....não sei se por ter deixado recordações mais felizes, se por terem sido melhor aproveitados os dias/noites, se por ter sido com outras pessoas que não estiveram neste último....enfim, por uma série de motivos, talvez até por sermos mais novos?? Pessoalmente identifico-me mais com as férias do verão 2003. Foi o primeiro ano, foi a novidade, foi a piscina, foi o Arcadas, foi o primeiro contacto com a tasca, com as praias,.... ao fim ao cabo, com Sagres.

Escusado será dizer que, se eu fosse um gajo choramingas, facilmente teria ficado com uma lágrima no canto do olho, tais são as recordações e as memórias que me vêm à cabeça sempre que vejo estas fotografias.
É engraçado ver algumas mudanças que ocorreram ao nível do grupo: as pessoas mudam de ano para ano, novos amores, amores perdidos, amizades feitas e desfeitas, com óculos, sem óculos, mais cabelo, menos cabelo, mais gordos/as, mais magros/as....... mas os copos e o espírito da família estão lá sempre.

Cada ano que passa vai-se perdendo qualquer coisita, e não sei se estarei a ser correcto ao dizer que, provavelmente, as pessoas estarão com menos tempo umas para as outras, começa a haver menos entrega. As mentalidades começam a mudar, e o que antes dava prazer ser vivido em grupo e, às vezes até, com algum espírito de sacrifício, passa a ser enfadonho e desinteressante. As opções tornam-se dispares, cada vez menos convergentes. Uns querem uma coisa, outros/as quererão outra. Surgem os primeiros "conflitos" entre solteiros e casais, que numa outra época passavam bem ao lado. Quem namorava e em tempos tinha determinado comportamento, agora estando desprendido/a começa a não querer estar em determinados papéis. Há quem queira apaziguar os ânimos e outros/as há que fazem tudo para que a sua opção prevaleça, nem que para isso tenham de pôr em questão as tradições da "família" que, mal ou bem, sempre se foram aguentando.
No fundo, com mais ou menos rebeldia, opinião própria, vontades pessoais ou não, todos nós queremos manter-nos juntos. Por mim falo e sinto-o. Apesar de saber que este grupo está longe da perfeição no que toca a amizade, entrega, sinceridade, honestidade, vergonha, e tudo o mais que deveria existir entre pessoas que já partilharam tantas experiências juntas, é mais que óbvio que vocês são os meus verdadeiros amigos. Nem tudo são rosas, é certo, mas a amizade é uma comunhão de valores e actos, e nesse aspecto eu sou mais um malmequer. O egocentrismo e a indiferença existem no grupo e nós sabemo-lo. Da minha parte, passa um bocado pelo meu jeito de ser, como todos sabem. Apesar de andar a fazer um esforço para melhorar em determinados aspectos. De qualquer forma, conheço pessoas do grupo há mais de 15 anos, e não foram anos de passagem, mas sim anos de vivências quase diárias. Isso para mim tem muito significado e é por isso que dou valor a todas as experiências que partilho convosco e tenciono continuar a partilhar.

Não quero com isto dizer que não tenho mais amizades. Todos nós temos. Se calhar, em determinados pontos, até nos damos melhor com outras pessoas, mas o que é certo é que acabamos sempre por voltar ao grupo. Vejo-vos como uma extensão da minha família, vejo-vos quase como irmãos ( neste momento tento ao máximo esquecer todos os rankings de ardósia que já passaram pelas nossas mãos) e foi com vocês que partilhei, nos últimos anos, as melhores experiências da minha vida.
Sagres foi, digamos, o apogeu. Julgo que antes de Sagres o grupo estava meio perdido. Havia confllitos internos, pessoas afastaram-se, outras desconhecidas entraram, travaram-se novas amizades e..... o que é certo é que, apesar dos espinhos de rosa, hoje somos um grupo bastante coeso. As vivências nos últimos verões e fins de ano foram tantas e tão intensas que vemos com alguma estranheza que alguém queira partilhá-las de forma diferente, e não como sempre foram. A vida é mesmo assim, é um vai e vem contínuo, umas vezes do nosso agrado, outras vezes não tanto. E o ser humano é inconformado por natureza, quer sempre mais e mais. Isso aplica-se também a novas experiências.
Quero com isto dizer que, independentemente do rumo que este grupo tome em decisões futuras, espero que a união prevaleça e no nosso coração esteja a última palavra. Gosto muito de todos/as vocês.

Espero que tenham gostado das fotos. Sabem tão bem quanto eu que é impossível fazer uma selecção decente. Acabamos sempre por ter de deixar algo para trás.... :)

beijocas e abraços

Gonça

E porque estamos na época....
























Decidi recuperar um post que coloquei aqui no blog em Novembro de 2004 porque gosto dele e acho que se adequa muito bem à época em questão. Apesar de já ter passado o dia de S. Martinho, estamos agora a viver o seu "verão" e, as delícias proporcionadas nesta estação do ano, merecem que eu recorde este texto e o partilhe convosco, mais uma vez.

"Sempre tive uma grande curiosidade em saber o porquê das coisas. Como é óbvio, não é excepção tudo que diz respeito a tradições. Assim sendo, andei a pesquisar sobre esta altura maravilhosa que é a das castanhas, água-pé, jerupiga, romãs, e o porquê do dia de S. Martinho. Ora pois então, conta-se que ia S. Martinho montado no seu cavalo quando se levantou uma grande tempestade. Avistando um mendigo a tremer de frio, S. Martinho não terá hesitado e, com a espada, rasgou a sua capa ao meio para que o homem se agasalhasse. Conta a lenda que, naquele momento, o Sol espreitou por entre as nuvens para que nenhum dos homens passasse frio. Desde então, o Verão de S. Martinho dá todos os anos um "ar da sua graça" (uns anos com mais Sol, outros com menos), sendo sempre pretexto para um magusto ao ar livre com castanhas assadas, água-pé ou vinho novo. Não se conhece a relação entre S. Martinho e as castanhas; provavelmente, será apenas uma coincidência de datas. Dia 11 de Novembro é a data da morte de S. Martinho e é sensivelmente por esta altura que nos meios rurais se prova o vinho novo, se enchem as pipas e há uma certa alegria no ar propícia a festas.Quanto às castanhas, desde sempre tiveram lugar nas mesas portuguesas. Na Idade Média, nas regiões mais desfavorecidas, os castanheiros eram até conhecidos por "árvores-do-pão", devido ao papel importante que desempenhavam na alimentação. Em regiões como a Beira e Trás-os-Montes, quando as colheitas de cereais eram fracas, as pessoas recorriam às castanhas para se alimentarem durante grande parte do ano. Em vez de pão comiam castanhas e, como os Descobrimentos não tinham ainda trazido as batatas do continente americano, as castanhas desempenhavam um papel muito semelhante ao hoje ocupado pelas batatas (ou seja, serviam de acompanhamento à maioria dos pratos). Cozidas, assadas, ou piladas, temperadas com erva-doce, recheio de patos e perús e até ingrediente de sobremesas e doces (como bolos, cremes, pudins e gelados), as castanhas aí estão para tornar mais saborosos os dias cinzentos de Outono.

A romã ocupou durante séculos um lugar importante na mitologia e nas cerimónias religiosas, provavelmente devido às suas características particulares. Foi, inclusive, considerada um símbolo de fertilidade em algumas civilizações.Este fruto, que surge no final do Outono, é tradição ser comido no Dia de Reis, 6 de Janeiro. Segundo a tradição, nesse dia devem-se guardar alguns baguinhos de romã no porta-moedas para que o dinheiro não falte no resto do ano…

Portanto, como podem ver, muitas das nossas tradições têm origem nos alimentos da época! Não há dúvida que grandes acontecimentos da História da Humanidade se passaram à volta de uma mesa recheada de iguarias. Saibamos aproveitar o que de bom a natureza nos oferece e comamos umas "quentinhas e boas" acompanhadas de vinho novo, para que esta tão deliciosa tradição perdure.

Certo é que, nas aldeias, o S. Martinho é vivido em todo o seu esplendor. Razão essa pela qual eu tanto gosto de ir ao Alentejo nesta época. Além do mais, posso sempre assar as minhas castanhas..."

Diário do Gonça - 12 Novembro 2004


Beijocas e Abraços

Gonça

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Serenata ao Luar

Deixo aqui a letra da serenata que eu e o R€gi$ cantámos lá em Sagres. Digo "cantámos" e não "fizémos", porque estavam homens presentes e serenatas só se fazem a mulheres.
Assim sendo, aqui fica, para todas as garotas que frequentam o meu blog.

De noite
Com um lindo luar
Alguém ouviu cantar
Sob a sua janela
Foi ver
Quem era o trovador
Que falava de amor
De maneira tão bela

Ouviu
Não sei o que sentiu
Mas creio que sorriu
E vibrou de emoção
Ao ver
Que o gentil trovador
Lhe falava de amor
Nesta linda canção

Eu vi no teu olhar
Um facho de luar
A reflectir no meu
E com o perdão de Deus
Revi nos olhos teus
A luz que vem dos céus
E o bom Deus perdoou
A visão que inspirou
O meu pobre cantar
Pois creio que Jesus
Colheu em ti a luz
Com que fez o luar

Se um dia
Jesus Nosso Senhor
Acabar com este amor
E p'ra si te chamar
De novo
Nesse reino dos céus
Ouvirás junto a Deus
O trovador cantar



Esta serenata está num dos filmes do DVD de Sagres.

Beijocas e Abraços

Gonça


segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Cultura Musical....




Desde sempre fui um interessado por música, em todas as suas vertentes. Tive a sorte de crescer num ambiente rodeado de música, proveniente das mais diversas culturas. Não por ter algum familiar músico, pois não o tenho, mas sim em grande parte devido ao facto de os meus pais viajarem muito. Também fui um dos poucos sortudos que teve a possíbilidade de estudar numa escola de música, apesar de somente alguns anos. Digo isto na medida em que, todos sabemos como é escassa, e má, a educação musical leccionada no nosso país. Refiro-me ao ensino público, claro, que ao fim ao cabo fica-se unicamente pelo preparatório. Na melhor das hipóteses, teria sido essa a minha "educação" musical, caso não tivesse tido a sorte de poder estudar numa privada. Devido a tudo isto, e também ao gosto e jeito musical inato, posso dizer que consegui desenvolver alguma capacidade de crítica musical.
Não querendo parecer velho, ou cair tendenciosamente num conflito de gerações ao dizer: "(...) no nosso tempo é que havia boa música(...)", pois esta mensagem já a ouvíamos dos nossos pais, acho sinceramente que, a música que se consome actualmente, piora de dia para dia. Não me refiro obviamente ao facto de se ouvir uma ou outra música de Enapá2000, ou 2 ou 3 músicas de Quim Barreiros, ou eventualmente, passar uma noite de bailarico na terrinha a ouvir Emanuel. Não é a isso que me refiro! Acho que deve haver música para todos os gostos e situações, e quanto mais variedade melhor! Agora.... proporcionar a esse género musical o sucesso comercial, com a agravante do mesmo vir a tornar-se uma preferência dentro dos gostos de toda uma geração... aí sim é que começa a ser preocupante.
É normal que pessoas de baixa instrução, às quais nunca foram proporcionadas novas sonoridades, diferentes ambientes musicais, estilos, e noções de harmonia, achem fantástico tudo o que se vende de música portuguesa numa qualquer feira. Não é compreensível é que os "D'Zert" estejam no top há semanas e que contem já com 5 platinas! Porque isto representa muitos milhares de cd's vendidos por este país fora, e quem os consome são, essencialmente, os putos e pitalhada dos 6, 7, 8 .. até aos 16, 17, 18 anos.
Não fico chocado que os D'Zert tenham 5 platinas, pois se hoje são estes, há uns anos atrás era um outro qualquer aborto. Nós próprios consumíamos muita porcaria quando éramos mais novos. No entanto, soubemos dançar um slow com as amigas nas festas de aniversário, fomos do tempo em que era banal uma banda de garagem, pudémos usufruir da batida do Alcântara-mar; se nos perguntarem por Mata-Ratos, quem foi o Nat King Cole, o Astor Piazzola, Jobim, ou de quem foi o êxito "Pó de Arroz" e, para os mais instruídos, quem foi o compositor de "O Anel dos Nibelungos" ou de "A Fada do Açúcar", talvez saibamos responder.
Quero com isto dizer que, pelo que me dá a entender ( pois, posso e queria estar enganado ), a maioria do pessoal abaixo dos 20 anos é extremamente ignorante a nível musical. E acho que piora de geração para geração!
Não sou nenhum erudito da música e muito menos uma pessoa de vasta cultura, mas acho que fiz por querer saber mais e, pelo menos, procurei instruir-me. Apesar de ouvir de tudo e de gostar de alguns cantores ou grupos mais comerciais/populares, tenho consciência de que aquilo não vale nada, e de que eles são um zero à esquerda, comparativamente com outros, que compõem músicas de dificílima execução, ou de harmonia complexa. Quando não se sabe tocar um instrumento, e não se tem noções básicas de música, tudo parece igual, soa sempre ao mesmo, e qualquer borra-botas é um grande artista. Não há sensibilidade, ou quando há, de uma forma geral é sempre pouco crítica. Acho que é isso que falta à maioria das pessoas: sentido de crítica e um pouco mais de exigência e respeito para com elas próprias.
Se no século XVIII era impensável que Mozart parasse um recital a meio, já nos dias de hoje, um qualquer músico pode perfeitamente parar de tocar porque "está cheio de speed", ou inventar a letra que lhe vem à cabeça, por já não se lembrar do seu original. Mais grave é o público aplaudir e assobiar em êxtase!
É certo que este último não será recordado e interpretado daqui a 3 séculos, e que os génios musicais sempre existiram...e existirão. No entanto, enquanto dantes somente os grandes compositores eram ouvidos, hoje os grandes compositores e executantes são esquecidos no silêncio, para dar lugar às "espécies" mais estranhas e escabrosas que possam existir. E há por aí tão bons músicos!
Se é difícil na gastronomia ter acesso a algumas iguarias; no vestuário, a algumas marcas; no comércio, a alguns produtos exclusivos das classes altas, etc; na música não é difícil ter acesso ao que de melhor se faz em todo o mundo. Está na internet, em qualquer casa de música (actualmente na Fnac já há leitores que nos permitem escutar qualquer cd que queiramos ouvir, sem ter necessidade de chatear o vendedor), em algumas ( poucas) rádios, e alguns canais de televisão.... e de tempos em tempos somos presenteados com alguns espectáculos gratuítos de muito boa qualidade.
A cultura musical é passada de geração em geração, pais para filhos, amigos para amigos, etc, é preciso ser-se estimulado e ter a curiosidade em escutar algo diferente, melhor ou pior, mas diferente. É preciso ser-se exigente, ter um pouco mais de espírito crítico e não engolir e aplaudir tudo o que nos põem à frente.
A música, em todas as suas vertentes, nos dias de hoje, está ao acesso de todos aqueles que a queiram escutar, desde que manifestem tal interesse. Já no que toca a aprender a tocar.... não basta vontade, é preciso paciência, jeito e dedicação.

Tenham bons momentos musicais...

Beijocas e Abraços

Gonça

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Meia de entrecosto????




Calculem que estava eu ontem no restaurante, a escolher o que iria almoçar, e vai daí que reparo num dos pratos do dia: entrecosto! - "Ora aí está!!!" - digo eu. - " É mesmo isto que me está a apetecer!"- Apesar de ser um bocado animal a comer, acabei por pedir 1/2 dose só para mim. Confesso que, por momentos, ainda pensei em pedir mais, pois como todos sabem, entrecosto normalmente é só osso! Mas, para não dar mau aspecto, fiquei-me mesmo por meia dose.

Imaginem agora a minha cara de espanto quando me aparece isto à frente.....


PUUUFFFFFF....!!!!!!!!!!!!

Pois é caros amigos, isto era apenas mais uma das muitas alucinações que tenho tido sempre que vou almoçar a um restaurante cá em Lisboa. Efectivamente todos vocês sabem a origem desta dose única.
-"XIIIUUUU!!!" Nem se atrevam a dizer o nome em voz alta! Este é um daqueles restaurantes que nem na lista telefónica deveria aparecer. Digo mais, durante o ano deveria ser retirada a licença de exploração para não ganhar clientela! Enfim, babo-me de uma maneira que até me torno egoísta.....

....eh pah... não me obriguem a falar na costeleta de novilho, por favor!

Até porque, vem-me logo à cabeça o triste dia em que alguém se lembrou de trocar esse manjar por algo parecido com uma pizza...... até fico com suores frios só de recordar essa opção infeliz!!!!!! Vai um homem dar ouvido a mulheres....

Beijocas e Abraços

Gonça

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

A outra margem....



Não é muito difícil percorrer um caminho em linha recta, mas é complicado perceber até que ponto é esse o percurso a seguir. Este pensamento atordoa-me de tempos a tempos. O problema, se calhar, é eu ser um "thinker", como algumas pessoas dizem. Questiono-me frequentemente sobre que caminho seguir, e se determinada rota me levará a bom porto. Gosto de descrever as coisas por palavras. Não tenho efectivamente o dom da oratória, exprimo-me melhor através da escrita. Gosto efectivamente de pensar.... pensar em tudo o que vejo no dia-a-dia, pensar sobre as minhas experiências, pensar sobre os sentimentos.... e observar. Gosto de escrever. Gosto de "falar" com o papel, porque não nos questiona, não nos interrompe, não tem expressão.... apesar de actualmente não o fazer.
Criei este blog exactamente para falar de mim, no entanto não posso escrever aqui tudo o que me vai na alma. Tenho de me conter muito mais do que se estivesse a fazê-lo para um papel. O facto de estar a expor os meus pensamentos na internet leva a que tenha de ter um cuidado redobrado, pois não me interessa partilhá-los com toda a gente. Desta forma, a maneira mais correcta é usar a alegoria e a metáfora. Quem me conhece consegue desvendar o que quero dizer. Desculpem-me os anónimos, mas este texto não é para eles.

A incerteza da vida é como uma ponte coberta de nevoeiro. Às vezes até julgamos poder ver o outro lado da margem... mas rapidamente ela fica difusa e perdêmo-la de novo. Continuamos a caminhar, a caminhar, parte-se uma tábua, caímos, levantamo-nos, olhamos a margem, erguemos o queixo... e lá vamos nós.
É doloroso pensar que nem todas as pontes são iguais. Assumindo que somos nós que as construímos, é intrigante imaginar que as tábuas partidas, pelo menos algumas, são por nossa culpa. A margem pode ficar mais longe, ou mais perto, conforme os nossos actos. Há também as outras tábuas que se vão partindo devido a acções externas e alheias à nossa vontade... e é graças a isso que surge a incerteza na nossa vida.

Às vezes gostaríamos que as coisas seguissem determinado caminho, mas nem sempre isso acontece. Por muito que achemos que é o correcto, quando nos damos conta... parte-se a tábua. Diria que este facto não é dramático, na medida em que, para chegar à outra margem, podemos sempre seguir um trajecto diferente. A questão aqui é quando temos consciência de que esse trajecto não nos deixará na margem que mais nos agrada. É como ser largado de uma ilha, atirado para mar alto num bote, e querer remar de novo para terra. Achamos realmente que aquele pedaço de terra é o sítio certo, mas a corrente impede-nos de voltar para a baía. Podemos sempre dar a volta, subir pelas montanhas e ficar por lá. Certamente também seríamos muito felizes.... mas nós gostaríamos mesmo é que nos deixassem ficar na praia. A nossa relação com aquela baía era forte, a areia era macia, os abrigos eram aconchegantes, as águas, cálidas, confortavam-nos. Tínhamos realmente vivido bons tempos naquele espaço. De um momento para o outro a maré sobe, como que uma tempestade, e quando menos esperamos já estamos a ver a ilha de longe. Sentimo-nos sem rumo. Tinha sido difícil conquistar a praia. Só com muito sacrífio e dedicação se conseguiu ultrapassar as correntes.... e agora vêmo-nos de novo tão longe. Não era isto que tínhamos em mente. Pior que tudo, as correntes estão mais fortes. No nosso bote não conseguiremos voltar. Aguardamos em mar alto...

...passaram dias.....

....meses.....

....pegamos nos binóculos, observamos a ilha..... damo-nos conta que na praia existe um novo habitante. Sem nos termos dado conta as correntes diminuiram numa zona da orla costeira e, o nosso paraíso está de novo habitado. Não da mesma forma, reparamos. Com o tempo a praia voltou a ficar selvagem, já não tem os abrigos de outrora, não parece tão aconchegante... mas com o tempo o novo habitante saberá adaptar-se.

Estamos mal.... a correntes ficaram fortes de novo e a experiência diz-nos que não mudarão nos próximos tempos. Não podemos ficar em mar alto eternamente, é certo. Podemos sempre procurar outra ilha, na medida em que sabemos que na vastidão do oceano existem muitas mais. No entanto, com um bote será complicado ter sucesso. Mas teremos outro remédio? Remamos para outras ilhas e eternamente procuraremos uma praia igual ou melhor? Esperaremos aqui onde estamos até que as correntes acalmem de novo... arriscando-nos a que o novo habitante colonize a praia por completo e depois seja tarde de mais para termos de novo uma vida no paraíso?.... ou contornamos então a ilha e galgamos as montanhas, apostando numa vida nova, sem certezas de felicidade e sem garantias de que, mesmo tentando chegar à praia, esse pedaço de terra já não seja o mesmo?

É complicado perceber que percurso devemos seguir....

Se por um lado sabemos que, se remarmos em busca de outra ilha, certamente conseguiremos achar algo que nos agrade, por outro sentimos que esta ilha é uma parte de nós, e que nesta praia, em particular, seríamos muito felizes, pois ela tinha tudo o que nós queríamos.

Voltamos a questionar-nos: "afinal de contas que caminho seguir?"

Se calhar todos nós revemos um período particular da nossa vida, ou uma situação semelhante, nesta descrição que acabei de fazer. Provavelmente já se questionaram sobre o assunto..... e eventualmente chegaram a uma conclusão. Resta saber se o caminho alternativo colheu bons frutos, ou se, porventura, os frutos que colheram, apesar de bons, ficam aquém dos de outrora.
Há quem conviva bem com isso; há quem inclusive se acomode, ao assumir que, se assim foi, é porque o destino assim o quis.
Eu não acredito muito no destino. Acho que somos nós que construimos a nossa vida. Tudo nela depende das nossas opções e actos, bem como dos tais factores que nos são alheios. No entanto, há determinadas situações que nos fazem pensar sobre isso. Foi uma coincidência? Um acaso? Como é possível determinada situação ter acontecido de forma tão perfeita, sem estar destinada previamente?
Às vezes, 3 segundos de atraso no elevador, leva a que nos encontremos à entrada do metro com um colega que não víamos há muito. Um azar na vida, obriga-nos a mudar de cidade, onde acabamos por encontrar o amor da nossa vida. Um anúncio no jornal leva-nos a tomar uma opção que alterará o nosso futuro completamente, sem o sabermos.
Mais tarde paramos para pensar sobre isto e ficamos sem saber até que ponto não estaria pré-destinado. E se assim aconteceu, porque o foi? E se estava pré-destinado, porque é que de repente tudo se desaba? Deixou de o estar?

Gosto de pensar sobre as casualidades da vida, de certa forma analisá-la, espremer cada momento em busca de respostas. Nem tudo tem de ter resposta, é certo. Há muita coisa que fica por responder, e certamente por questionar.
No dia-a-dia, com o trabalho, com a universidade, com os hobbies, amigos, copos, etc,.... ficamos com muito pouco tempo para analisar a nossa vida, a forma como a levamos, o que queremos para nós, e eventualmente para tomarmos decisões importantes. Há vezes em que até é melhor nem pensar sobre isso. É cómodo. É cómodo não pensar, não falar, não discutir, não questionar; é cómodo comportarmo-nos como os outros, para não ter o trabalho de justificar as diferenças que existem entre todos nós; é cómodo sermos reféns da sociedade e das opiniões; é cómodo não lutar por aquilo em que acreditamos, porque assim "até nem se está mal"; é cómodo deixar andar....
Ao fim ao cabo, muitas vezes o comodismo é a tábua partida na nossa ponte, é o que nos impede de chegar à outra margem, é o que torna o nossa visão difusa, é o que nos leva a tomar as opções erradas.

No fundo, entristece-me saber que "naquela" margem é que seríamos felizes.....

É triste saber que aquela ilha é que tem a praia dos nossos sonhos, e não outra qualquer....

É triste não saber o que fazer...

É triste...


Beijocas e Abraços

Gonça

quinta-feira, 28 de julho de 2005

365 dias depois.....




E porque se passou um ano desde o dia em que coloquei a minha primeira imagem neste blog, achei que devia deixar umas linhas para, em jeito de balanço, falar do que se passou e do que por aí vem.

Há um ano atrás, na euforia das férias e da ida para Sagres, resolvi criar um blog, que tinha como objectivo ser o meu diário, através do qual vos contaria o que se ia passando na minha, e por vezes, na nossa vida. Inicialmente correu bem mas, à medida que o verão ia ficando longe e o reboliço do dia-a-dia derrotava o meu ânimo, fui caindo na rotina, e a paciência para fazer disto um diário foi por água abaixo.
Na verdade, não tinha nada para vos contar,..... já nada era novidade. E assim se passou....
Há medida que o ano ia decorrendo, pelo meio de inúmeros trabalhos da Universidade, tivemos imensos jantares, festas, aniversários,....até que chegou o Natal e, logo logo, o fim do ano..... e que belo fim de ano...!

Iniciou-se o 2005 de forma trágica no Oriente, a notícia do maremoto era o incontornável assunto do dia e marcou presença no meu blog.
Já na altura eu me queixava da pouca chuva que caia em Portugal, apesar de algumas pessoas acharem que eu estava a fazer um drama e que só queria era chuva, chuva e mais chuva...... passaram-se 6 meses e continuamos a falar do mesmo. Afinal, estive sempre lá! ;)
Bebi um copito pela chegada de uma sonda a Marte e, num piscar de olho.... já estava em exames. Não me correram mal, apesar de não ter feito todas.

Iniciou-se um novo semestre, e desculpem-me não ter falado do carnaval, mas não estive metido nessa festa este ano. Podia-vos também falar da Páscoa.... mas não haveria muito para dizer. Entretanto o meu namoro acabou e fiquei mais de mês e meio sem escrever.
No final de Abril surge um fim de semana maravilha e o regresso a Sagres foi revigorante. Não que tenhamos relaxado por aí além, mas psicologicamente soube muito bem sair de Lisboa por uns dias. Chegámos a casa com uma depressão horrível, mas valeu a pena.
Lá voltámos à normalidade e, findo mais um semestre, eis que chegam mais umas férias merecidas.
Sim, já se percebeu, não escrevo com o mesmo ânimo do ano passado, apesar de estar mais desejoso de férias. Efectivamente este ano temos umas baixas consideráveis no nosso grupo estival, e isso quebra o ânimo de qualquer um..... bem, pelo menos o meu quebra. Digo com frequência, em tom de brincadeira, que vou levar uns 10 livros para ler em Sagres.
Nunca fui de fazer previsões e nunca como este ano me apeteceu estar sentado numa cadeira a beber uma cervejinha, sem nada para fazer, como me apetece este verão. Sinceramente anseio por isso. Nessa pausa haverá concerteza espaço para um livro.

DEPRIMENTE!!!!!!!!!!!!!!!......... pensarão vocês.......... ou não! Quem já esteve em Sagres sabe bem que uma leitura, a sentir a humidade pelo crepúsculo da tarde, ao som das ondas, enquadra-se perfeitamente neste pensamento e desejo que acabei de vos falar. Eu encaro isto como que um preparativo para a noite, sempre violenta, e também uma bela alternativa para as cartas, que na praia não é realmente o meu forte!

Quando disse que não fazia previsões, referia-me a comentários do tipo: " este ano vai ser menos bom" ou " somos poucos e não vai ser como nos outros anos....". No meu entender, cada ano é um ano. Todos eles foram diferentes e sempre fantásticos. Este também o será, à sua maneira, e seremos nós que o faremos melhor ou igualmente bom. Pegando nas palavras da loirita: " é preciso é haver espírito". Escusado será dizer, é certo, que os fins de semana serão de arromba!

Hoje é quinta-feira e este ano vamos mais cedo que nunca - sexta, 29 de Julho! Passaremos pela primeira vez umas férias em casa do amigo Alves, o que por si só já será inédito! Teremos também uma nova discoteca em Sagres! Os mais experimentados no Facadas dizem-se fieis aos seus costumes e, se porventura experimentarem o novo espaço, será somente 5 ....7 segundos.....o suficiente para poder criticar!!! Aproveito para dizer que já encomendei a chinesa de que vos falei num texto há dias, e que deverá chegar pelo início do mês de Agosto.

A "TASCA do CARECA" será um nos muitos locais onde estaremos de certo ao final do dia, para experimentar o belo repasto que só aquele estabelecimento nos oferece. Isto sem nunca deixar de referir as estrondosas refeições proporcionadas por nós próprios, ao nosso gosto, e que sempre deixam boas memórias! As garotas safaram-se este ano nas sardinhas.... mas também não vão!!! Não assam, ficam em Linda-a-Velha..... elas optaram, e nós ( homens ) fomos intransigentes neste ponto!

Este ano não estou com peso na consciência em relação a inibição de alcóol e isso alegra-me! Não é que vá beber mais ou menos, simplesmente é bom saber que uma cerveja não vai parecer ter agulhas, e não terei a sensação de estar a transformar o meu fígado em "carne vinho e alhos". Vai ter outro gosto, de certeza! Não estará lá a Rita para me convidar a beber uma "tartaruga" que ela tanto gosta, mas farei questão de lhe acompanhar já neste primeiro fim de semana, pois ela coitadinha só terá este para gozar. Deixa estar miúda, valerá por 15 dias!!! :)

Bem, não vou ficar aqui a falar do que fiz e do que não fiz em anos anteriores. Como já vos disse: "vejam as fotos dos anos anteriores..." e mais não digo. Só desejo 4 coisas, que a bem ou a mal terão de acontecer: 1) ir à tasca 2) ir ao facadas 3) ir ao farol 4) tomar o pequeno almoço na menina Rafaela ........ o resto, teremos de ser nós a variar e a usar a imaginação para fazer destas férias, de novo, inesquecíveis.

Boas férias para todos, os que vão e os que ficam!

Beijocas e Abraços

Gonça

ps- nada de me pedirem jecas, porque eu em Setembro tenho uma bike pra comprar e tem de sobrar dinheiro para ir à Finlândia! :P

terça-feira, 12 de julho de 2005

Praia



Estou aqui para vos falar sobre o meu problema com a praia. Já várias vezes disse que não há ninguém do grupo que goste mais de estar numa praia do que eu. Entenda-se " estar na praia " como sendo diferente de " fazer praia ". Na verdade, são coisas distintas, apesar de à primeira vista não parecer.
Estar na praia é viver o ambiente em nossa volta, apreciar a paisagem, ouvir as ondas e as gaivotas, sentir os cheiros........completamente diferente é a lancheira, o chapéu de sol, o protector solar, o trânsito para lá chegar, os berros de uma praia em pleno fim de semana, e toda a rotina que é criada em volta desse prazer.
É verdade que as pessoas, de uma forma geral, só têm possibilidade de ir para a praia ao fim de semana e, morando em Lisboa, não têm outro remédio senão ir para as praias da linha ou caparica. Eu entendo isso, e não censuro quem o faz. Não há mesmo opção! As praias de Sagres estão tão longe!
Apesar de tudo isto já ser suficiente para me demover de ir à praia com frequência em Lisboa, há outros motivos. Para além de não gostar de "fazer praia" de uma forma rotineira, a minha natureza caucasiana obriga-me a tomar uma postura mais regrada e mais consciente que a maioria das pessoas. Brinco muito com a história do ser caucasiano, mas isto no fundo é verdade. A minha pele não suporta exposição solar prolongada, a não ser com bons protectores. Começa aqui a chatice: chapéu, óculos de sol, protector de meia em meia hora,..... tudo isto para aguentar o dia inteiro na praia, ou o resultado é um belo de um escaldão, e consequente ida a dermatologista.... o que não é inédito. A maioria do pessoal, ou talvez todos, não sabe o que é gastar 40 contos para queimar "queratoses solares" e provavelmente nem sabem o que isso é. Mas posso dizer-vos que eu já tive de o fazer e posso também adiantar que é muito raro fazer-se antes dos 30 anos.... isto só indica uma coisa: "Gonçalo, cuidado com o sol".
Claro que se pode dizer que, hoje em dia, com o preço dos chapéus de sol e os cremes factor 100, eu até podia ir para o Sahara em tronco nú. É certo! Mas convenhamos.... é muito chato! Um gajo com 26 anos, cheio de protecções, loções, reflectores e mais não sei o quê..... não é o meu conceito de praia!
A minha praia começa às 17h, ou melhor, é a partir daqui que eu me começo a divertir e a gozar tudo o que a praia tem para me oferecer. Sagres proporciona-me isso muito bem, porque as praias além de serem lindas, normalmente são vividas a partir do meio da tarde até ao por-do -sol. Confesso que este ano, não havendo piscina, fico um pouco preocupado em relação aos hábitos que se vão criar, mas enfim, vamos lá a ver no que isto vai dar. Provavelmente terei de contratar uma chinesa para me pôr creme durante o dia, e terei, antes de ir para baixo, de comprar um chapéu de sol do tamanho do mundo!!!

Claro que estou a fazer algum drama. Há gente neste mundo que é fotossensível e que realmente não pode apanhar sol, o que não é o meu caso. Eu simplesmente tenho de ter um cuidado extra, só isso. Esses cuidados chateiam-me e por isso não gosto de estar na praia nas horas de maior calor. Ao final do dia, bomba-se um granda volley, o pessoal começa a ir embora, começa-se a pensar no que se vai fazer de noite e toda aquela conversa que surge na areia, sem protecções, sem chapéus, óculos e cenas de quem mais parece que esteve em Mercúrio..... sinceramente agrada-me muito mais. Mas isso sou eu, é uma opinião pessoal, uma preferência, que é encarada de forma estranha por muita gente.

Estive a ver as fotos de Sagres 2004 ( sim, mais uma vez!!! ) e já se me começa a formar um "bichinho carpinteiro" cá dentro, e não é por menos meus amigos: faltam 2 semanas!
Fico um pouco triste porque há pessoas que não vão estar lá, a não ser, talvez, ao fim de semana. Mas enfim, os anos passam e cada vez mais será assim. As férias em grupo começarão a ter cada vez menos gente, mas espero que sejam igualmente boas.
A sério, revejam as fotos do ano passado. São revigorantes! Tá tudo com uma saúde.....

Vamos ver o que nos espera este ano!

Beijocas e Abraços

Gonça

A perfeição existe...



Digam lá que nós não somos lindos!!! Mas afinal de contas ainda não percebi do que é que as raparigas deste país se queixam, com gajos destes por aí !!!..... ok Carlão, tu não podes.... :)

Deliciem-se com estes nacos!

Beijocas e Abraços

Gonça

domingo, 10 de julho de 2005

Um ano passou...



Fez, há pouco mais de 2 semanas, um ano que morreu a minha cadela Nata. Para quem teve o privilégio de a conhecer, sabe que era adorada por toda a família. Desde cachorrinha, sempre esteve muita próxima de todos aqueles que iam lá ao monte e, como tal, foi um animal que prendia todas as atenções de quem lá passava.
Era extremamente inteligente e afável, e vezes sem conta se dizia que só lhe faltava falar. Brincalhona, caçadora de todo o tipo de bichos, adorava água, comia azeitonas, uvas, iogurtes, recolhia as ovelhas, galinhas, patos e todo o tipo de bicharada lá do monte, e por vezes até dava cabo de um ou outro ratito de campo que insistia em fugir às armadilhas.

Infelizmente, talvez por uma gravidez já um pouco tardia, morreu de parto. Já lá vai um ano, mas ainda hoje sinto saudades quando vou ao monte. Houve realmente qualquer coisa que se perdeu, algum brilho, após a sua morte. Era a companhia do dia-a-dia, principalmente dos caseiros, que viviam as suas peripécias diáriamente, como se de um membro da família se tratasse.
Todos os animais nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. É a lei da natureza. Resultado disso é a imensidão de cães que tenho no monte, todos eles, filhos, netos e bisnetos da Nata. São muito divertidos e também muito afáveis, já fizeram as maiores travessuras, e já nos pregaram alguns desgostos por mau comportamento. São adorados na mesma, mas realmente não sairam nada à mãe/avó. Ela era a matriarca. E isso é insubstituível.
Deixo estas palavras só para recordar com muita saudade a cadela que tantas alegrias me deu. Guardo dela as melhores mémorias.

Para quem tem animais domésticos e também os adora, espero que tratem bem do vosso amiguinho enquanto ele ainda é vivo, pois acreditem, deixará muitas saudades.

Beijocas e Abraços

Gonça

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Escrita....



Já não escrevia há uns tempos. Por vários motivos, mas principalmente por não ter vontade de o fazer. Eu sou mesmo assim. Gosto bastante de escrever, mas tenho mesmo de ter vontade. Hoje é um desses dias... apetece-me! Sinceramente não tenho muito para dizer, mas devia, pois já lá vão uns 2 meses que não partilho convosco os meus pensamentos!

Hoje seria um dia especial, se ainda namorasse, mas como já não, passa a ser mais um dia de junho... e quente por sinal! No entanto, veio-me à memória um dia excelente que passei há 7 anos atrás na Expo98. Sim, fiquei mesmo marcado com esse evento, gostei mesmo muito. Até o Serpente lá trabalhou, por isso, pode-se dizer que o balanço final foi positivo! hehe

Lembro-me que nesse ano de 98 ainda havia muitas pessoas que não faziam parte da "família", pelo menos de como a conhecemos hoje. Bem, na verdade, para além de não fazerem parte do grupo, ainda nem as conhecia! A partir desse ano as experiências foram mais que muitas: desde fins-de-ano, a férias de verão, fins-de-semana..... dias de semana.... enfim, nunca mais a minha vida foi como era. Uns deixaram de aparecer, outros surgiram do nada, e a vida muda sem darmos por conta.
A minha mudou muito. Quando tinha 17/18 aninhos, era ainda bastante imberbe, e julgo ter mudado bastante. Bem, tal como eu mudei, também todos vocês mudaram, é certo! Mas como só eu sei como era, só poderei falar de mim! Aliás, se isto é o meu blog, falo de MIM! :)

Hoje dizem que tenho mau feitio... antes não diziam. Eu não sou uma pessoa fácil, é certo, mas julgo não ter o mau feitio que vejo em algumas pessoas que, essas sim, têm um feitio de arrepiar. Digo isto porque quem me conhece, de verdade, sabe que não o tenho. Sou uma pessoa algo independente e orgulhosa, fria por natureza ( mas também consigo ser quente quando quero :) basta pedirem! ), tímido, mas penso que isso não faz de mim alguém com mau feitio. Também já me apelidaram de "conflituoso", em tom de brincadeira, é certo, de qualquer forma fizeram-no. Penso que isso aconteceu há uns anos atrás, pois desde aí nunca mais aconteceu.
As pessoas às vezes chocam umas com as outras, e surgem divergências, principalmente de opinião, e nesse aspecto sou muito directo, e talvez transpareça uma idéia de que quero provocar conflitos,,,,,, ou melhor, queria.... falo no passado porque eu próprio digo que mudei bastante nestes últimos anos. Hoje sou uma pessoa mais "deixa andar" e mesmo por vezes não concordando, faço o possível para que haja consenso. Deve ser da idade, não sei! :)

Hoje sou uma pessoa mais aberta do que era, se bem que poderia sê-lo mais. Nem sempre o consigo, e quando o faço é na onda da brincadeira. Quando bebo uns canecos então... ninguém me apanha! Aliás acho que o meu alter-ego é um pouco movido a etanol. Basta ver que quando fiquei sem poder beber, ele esteve escondido na lâmpada, solitário, e por vezes já nem sei se é bom ou se é mau. Em parte acho piada a algumas situações que acontecem, por outro lado não gosto de alguns excessos. Felizmente não sou uma pessoa muito chata quando fico "solto", acho eu! De qualquer forma, já se passaram coisas que sabe lá Deus quando se voltarão a repetir, se é que alguma vez se vão repetir! Não me posso arrepender de algo que fiz sem dar por conta, até porque algumas foram, no mínimo, embaraçosas. Já todos nós tivemos essa experiência, e julgo até que todos nós já tivemos comportamentos menos próprios depois de umas "tartarugas"! Acho que nos devemos recordar com felicidade desses momentos, que são os mais puros e sinceros da nossa personalidade; vem ao de cima aquilo que realmente somos, exacerbado é certo, mas sempre com algo muito nosso e na verdade tudo o que fazemos nessas situações, é porque nos apetece.
No dia seguinte acordamos e voltamos ao nosso estado normal, fechados, frios, uns mais que outros, distantes, racionais, envergonhados ou não, tímidos........ até próxima tartaruga!

Costuma-se dizer que o verão é a época por excelência para loucuras, por causa da temperatura, das roupas, do bronze, da saúde que se emana, e pelo espírito despreocupado das noitadas. Eu também acho que sim. Não por mim, confesso, pois o meu comportamento é praticamente igual todo o ano, com tartarugas ou com jecas, tanto faz, não preciso do bronze ou do calor pra cometer algumas loucuras, mas é certo que as pessoas não as cometem sozinhas. E nesse ponto, é realmente verdade que as pessoas, de uma forma geral, estão mais dispostas a doidices no verão. Sim, estamos de férias!... é compreensível. Mas acho que o local e a situação fomentam muito isso, e não há dúvida que na época estival surgem situações que propiciam a tudo e muito mais.

Bem, mas eu não sou o meu alter-ego, ou melhor, não me domina no dia-a-dia, como tal, tenho de me basear no comportamento dos restantes 320 dias, mais coisa menos coisa. Hum.... isto quererá dizer que nos outros 45 dias ando alcoolizado...? Não!!!! Nem pensar, isto é só uma estimativa por alto! Fim de ano, ferias de verão, jantaradas, aniversários.... enfim, dará com certeza muito menos que isto!!! :P

Estava eu a dizer que "hoje sou uma pessoa mais aberta", mas também é natural que com a idade isso aconteça ( esta cena da idade está a começar a tornar-se repetitiva!!! ) E o "aberta" levará de certo a que seja sujeito à troça por parte de algumas mentes menos puras, mas não me importo. Aliás eu agora não me importo com nada!
É público que o meu namoro terminou..... ou pelo menos deveria ser para aqueles mais atentos! Ora, isso é uma grande mudança na vida, numas coisas pra melhor, em outras para pior! Podemos fazer tudo o que queremos sem magoar a outra pessoa, mas ao mesmo tempo há coisas que se perdem! Já todos passámos por isso, como tal sabem do que falo!

E Perguntam vocês: "mas onde está a mudança ou a novidade nisso?"
- Ora aí está meus amigos!!! Há pessoas que nunca me conheceram sem namorada! Já pensaram nisso? Bem, dizem vocês: " E....??"

- "E...??????!!!!" Isso é coisa que se diga?? " E....????!!!" As pessoas mudam muito quando deixam um namoro ou quando iniciam um, caso não se tenham apercebido! Aliás, é notório, passa-se em vosso redor diáriamente.
Então, no meio desta conversa, chegamos a uma questão pertinente: " será que ele vai mudar muito, agora que anda solto?" Sinceramente não vos sei responder. No entanto, pelo que vi de outras pessoas, é provável que em alguns pontos mude. Para melhor ou pior, isso agora já depende dos gostos. Eu pessoalmente não gosto muito de pensar dessa forma, pois acho que uma pessoa tem de ser como é, independentemente de namorar ou não, apesar de alguns comportamentos só serem aceites quando não se está comprometido. Bem, mas nem entro por aí, pois eu também não me considero nenhum doido.
De qualquer das formas, alguma coisa há-de mudar, mais que não seja o modo de estar na vida. Tem mesmo de mudar! Para nosso bem, devemos alterar alguma coisa, pois quando determinadas situações acontecem, há sempre um motivo, plausível ou não. Julgo que devemos crescer com as mudanças que acorrem na nossa vida, e esta é uma delas. Por vontade própria, ou não, devo de aproveitar que ela aconteceu, para alterar algumas coisas.

Quando só dependemos de nós próprios, ficamos com mais espaço de manobra e mais liberdade em determinados aspectos, mas também nos sentimos por vezes desamparados em outros. Eu, apesar de ser uma pessoa fria e por vezes distante, gosto de ter o apoio das pessoas que me rodeiam, até pra colmatar alguma solidão que surge sempre em alguns momentos, por mais que digamos que estamos muito bem e que "agora é que sou feliz", etc, a verdade é que há momentos em que sentimos falta da pessoa que estava sempre ao nosso lado, ou pelo menos, estávamos habituados a isso. Os hábitos perdem-se, é certo, mas as memórias ficam connosco. Mais uma vez, devido à minha maneira de ser, não sou muito afectado por isso, e ultrapasso relativamente bem, ou sem grandes exteriorizações do que possa sentir; no entanto, não sou de ferro, à excepção de algumas zonas localizadas do corpo, e é claro que há recordações que deixam-me saudoso.
Engraçado que há pessoas que para esquecer um namoro que terminou, começam a aparecer em tudo o que são festas, querem sair com tudo e todos, estão disponíveis para qualquer noitada e realmente é de ficar parvo, no mínimo, ao observar tamanhas mudanças. Ora, essas são aquelas mudanças que de certo não verão em mim. Não porque me queira isolar, mas simplesmente porque eu, namorando ou não, estou nas noitadas e sempre apareci e desapareci conforme os compromissos! :) Como tal, não será aí que notarão alguma mudança. Claro que, como disse, a liberdade é outra, e começo a só depender de mim e do meu estado de espírito, não tenho de respeitar a opinião da pessoa de quem se gosta etc, como tal algumas "participações" mais fervorosas são de se esperar, claro!

Não comprei o kit ardósia, se é que estão a pensar nisso, até porque não sou muito de ardósias, na medida em que as marcas são efémeras... apagam-se logo à mínima assopradela. As minhas marcas são com tinta permanente... como tal é natural que arranje, eventualmente, um kit de canetas de acetato ou tinta da china! Estou a brincar, como é óbvio ( não nas marcas que deixo, isso não brinco ehehe ), acham mesmo que iria comprar canetas de acetato, quando tenho tinta correctora, que por si só é muito mais eficaz e prática?? ( .....5 seg de silêncio......)

OK, vamos passar este último parágrafo!

Este mês e meio que aí vem vai ser agressivo em termos académicos, como tal a minha disponibilidade para mudanças será escassa, mas logo que acabem os trabalhos e exames, espero dedicar-me mais um pouco a mim próprio e ao meu bem estar, físico e psicológico, pois este ano foi uma cena alucinante.... ainda está a ser!
Não quero com isto que pensem que vou deixar de ser o que sempre fui, até porque tenho 26 anos e essas coisas não são assim, da noite para o dia, mesmo que queiramos. As coisas são lentas, e espero que sempre ascendentes.
Uma promessa que fiz a mim mesmo é a de que: vou fazer o possível para que as pessoas me conheçam melhor. Sim, conheçam melhor pode parecer descabido, pelo menos para aqueles que já me conhecem há anos! Mas será que me conhecem bem? Será que já o tentaram? Pode parecer estranho, mas não o é. E por esse motivo é que às vezes quando vêem algumas facetas do meu alter-ego ficam surpresos/as. Precisamente porque a minha racionalidade do dia-a-dia faz com que a entrega e a abertura seja diferente. Mas isso pode mudar.

Há umas coisas que gostaria de fazer antes dos 30. A idéia dos trinta anos não tem de ser necessáriamente limitante, mas como tinha de estabelecer um prazo, pareceu-me razoável, até porque depois dos 30 os objectivos na vida tendem sempre a ser outros. Não queria com isto impor a mim mesmo etapas, ou obrigações, mas há realmente algumas coisas que gostaria que acontecessem. Sabem aquela frase que diz: " não te arrependas do que fizeste, mas sim do que ficou por fazer"?! Se não é assim é algo do género, ou pelo menos o sentido é o mesmo. Os anos estão a passar a uma velocidade alucinante e há coisas que têm o seu tempo, e julgo ser a altura certa para realizar algumas delas. Pode ser que não consiga, mas ao menos posso sempre dizer que tentei! Não vale a pena ficarem a pensar no que será, ou "no que andará ele a pensar", pois calculo que vos passe esta idéia com frequência. Deverá haver de certeza coisas que gostariam muito de fazer mas ainda não tiveram oportunidade, ou porque está adormecida, ou mesmo porque pensam que ainda vai ser possível mais tarde. Desenganem-se, pois há coisas que não podem ser feitas quando tiverem 35, 40, 45 anos, com filhos, marido e casa para sustentar. Pensem um bocadinho nisso e depois vejam se não tenho razão. Ok, é verdade que algumas delas dependem das posses que temos no momento. Algumas dessas coisas dependerá de ter ou não ter possibilidade de realizá-las, mas outras há que só depende de mim.

Sempre fui muito amigo dos meus amigos, e posso dizer que tive óptimos amigos e amigas. Gosto muito de recordar alguns bons momentos que vivi, de algumas pessoas que infelizmente já não fazem parte do meu dia-a-dia, mas fizeram parte da minha infância e adolescência; infelizmente os rumos da vida tiraram-nos da minha rota. Tenho um enorme prazer também em ver algumas fotos de momentos vividos na "família", ao ponto de por vezes dar por mim a passar horas a observar essas fotos e a rir-me sozinho. Gosto muito de pensar no que passou, no que passo presentemente e no que poderá vir a ser a minha vida no futuro. Sempre fui assim e acho que sempre serei. Às vezes, nem sempre tantas quanto gostaria, preciso de ficar sozinho e de sentir esses momentos, porque me fazem bem e permitem-me por as idéias em ordem.
Claro que depois também tenho os meus devaneios como: " faço um arroz que até te espumas", atiro cerveja a quem não devo, ou queimo o cabelo a alguém , em situações que nem eu sei porque acontecem. Na verdade gosto de ambas as facetas, porque se equilibram, e porque são ambas um pouco de mim.

Eu gosto muito dos meus amigos e julgo que eles também nutrem esse carinho por mim, de qualquer forma, entendo que não seja partilhado da mesma maneira por todos. É natural que nos demos melhor com certas pessoas, ou que tenhamos mais confiança e abertura com um grupo mais restrito. O que não é natural é que não haja a abertura que deveria haver entre pessoas que se dizem conhecer tão bem. Mas a razão é só uma. Medo de falar. As pessoas têm medo de se expor, receio de ser gozadas. Por vezes acredito que haja até uma certa falta de confiança, ou um receio de incompreensão...? Eu posso falar por mim, pois julgo que neste momento, tirando uma pessoa, talvez duas, não conheço ninguém que tenha confiança em mim a 100%, ou talvez àvontade para falar de tudo. Sim, "uma ou duas pessoas é normal", poderão dizer vocês, até porque amigos/as desses/as não temos às dezenas! É verdade. Claro que sim.

Mas vejam bem: aquando do final do meu namoro, só houve uma pessoa do nosso grupo que se chegou ao pé de mim e perguntou como estava eu a encarar a situação, porque sentia-me ausente, questionou-me se estava bem, enfim, manifestou interesse. Não é natural, julgo. É certo que não andei a chorar pelos cantos, mas a coisa passou-se como se nada fosse. Já da tuna, houve 2 ou 3 pessoas que fizeram questão de vir falar comigo durante um bom bocado sobre a situação, apesar de me conhecerem há meia duzia de anos, somente em ambiente académico, não pessoal.
Isto faz pensar, e como é óbvio, assumo a "mea culpa". Lá está, eu não me entrego muito, não me exponho com facilidade, como tal, não posso querer que os meus amigos tenham coragem ou interesse para vir falar comigo sobre o que quer que seja. Eu também não sou pessoa de andar a chorar nos ombros de ninguém, é certo, e sei bem o que é que posso exigir de cada um, sei até onde devo ir, e sei também quem é que encaixa, ou não, algumas das coisas que digo. Não são todos iguais, e o tratamento, naturalmente, não é igual.

Sou uma pessoa que me me entrego quando tenho confiança, e confiança pra mim é sentir que também há entrega da outra parte. Eu confio numa pessoa que mantém determinado comportamento comigo em todas as situações, e não só quando tem um copo de cerveja na mão. Há gente que por partilhar um copo de vinho comigo à mesma mesa, julga que é meu amigo ou que pode saber tudo a meu respeito,... julga mal. Também não vou nos sorrisos, nem nas conversas meladas, ou vou até onde acho que devo ir. Ou seja, sou muito selectivo nas amizades fortes que faço, mas quando as tenho respeito-as ao máximo. Há pessoas com as quais nunca tive oportunidade de aprofundar a amizade, por vários motivos, mas principalmente por não ter havido ainda a comunicação certa, acho eu.
Também é certo que em alguns momentos destes últimos 5 anos da minha vida, afastei-me em algumas situações, porque namorava, porque estava mais virado para a minha relação, porque não pensava tanto em quem me rodeava, fui menos amigo do que poderia ter sido em determinadas situações. Isso ressente-se, é compreensível.
Também não quero que as pessoas digam: " este já não namora e agora pensa que vai andar aqui cheios de abracinhos e intimidades"..... não, não sou tipo raposa de andar a mudar o pêlo conforme a estação do ano. Simplesmente dediquei anos da minha vida a uma relação, que ficou em águas de bacalhau, falhei em algumas amizades, e agora é minha vontade dedicar-me aos meus amigos, a aprofundar algumas relações, e a mostrar algumas coisas de mim que andaram notóriamente "enevoadas".
Todos gostam muito do sentido de humor do Gonça, etc, ele anima muito e é bastante engraçado, mas acho que sou um bocado mais do que "bobo da corte". O que é certo é que, para além das piadas e de algum humor, os comentários positivos à minha pessoa ficam-se por aqui, e já houve tempos em que as pessoas minhas amigas tinham algo mais para dizer de mim. Quero alterar a imagem que possam ter da minha pessoa, e conto também que façam o mesmo, pelo menos aqueles que não me conhecem bem ou que nunca se aproximaram o suficiente para tal.
Prometo que procurarei ser mais receptivo, transparente e amigo.

Bem, e para quem não tinha nada para dizer, já escrevi demais. Espero que não tenham apanhado uma grande seca, pelo menos quem leu isto até ao fim!

Aproveito para vos deixar com esta letra que eu gosto muito

Jorge Palma - "Deixa-me Rir"

Deixa-me rir
Essa história não é tua,
Falas da festa do sol e do prazer,
Mas nunca aceitaste o convite.
Tens medo de te dar,
E não é teu o queres vender....

Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima,
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista,
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor....

Pois é, pois é!
Há quem viva escondido a vinda inteira
Domingo sabe de cor,
o que vai dizer.... segunda feira

Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho,
De que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique,
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso.

Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Ilumindar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te essa máscara sufocente.

Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
o que vai dizer.... segunda-feira


Um bom começo de semana para todos!!!

Beijocas e Abraços

Gonça




terça-feira, 26 de abril de 2005

De novo Sagres...

Já não escrevia há muito, mas há coisas que não podem passar despercebidas, e uma delas foi este magnífico fim de semana em Sagres. Quando se pensa que já se viveu tudo o que havia para viver naquele local, acabamos por nos surpreender! Foram 3 dias muito bons!!! A companhia, a praia, a noite.... não há palavas para descrever as sensações vividas. Ia ficar de novo 3 horas a escrever, para contar tudo o que se passou este fim de semana, mas sinceramente não me está a apetecer, porque estou muito cansado, e ainda nem deu para assentar ideias. Voltei para casa com mais umas quantas memórias em "família" e, sinceramente,.... Sagres é muito bom!!!

Beijocas e Abraços

Gonça

terça-feira, 8 de março de 2005

Memórias....



Quando vejo algumas fotos, já de alguns anos atrás, dou por mim a relembrar óptimos momentos que vivi no seio da tuna, da qual ainda faço parte. Foi a época "dourada" das tunas...... Refiro-me, mais ou menos, aos anos de 1998, 1999 e ainda talvez 2000.

Nesta época, ainda era eu um mero caloirito, mais precisamente, aspirante a caloiro, vulgo "pirilau"( pois quem entra ainda não merece sequer o estatuto de caloiro da tuna ), tinha muito mais cabelo, usava óculos, o traje brilhava e cheirava a novo e....... eu ainda nem imaginava onde me ia meter!
Praxes atrás de praxes, festivais, actuações em terriolas, encontros de tunas, muito convívio, copos, bifanas, e fundamentalmente: academismo!

E afinal de contas o que é isso do "academismo"?!..... essa palavra tão vulgar mas, ao mesmo tempo, desconhecida da maioria dos estudantes.....???!!!
Bem, eu não sei se consigo definir academismo, mas acreditem que é muito mais que uma simples "doutrina da filosofia académica"! Academismo é, acima de tudo, um modo de estar. É a igualdade, é o viver a Universidade segundo as suas regras e tradições; é seguir a normas da praxe e obedecer à hierarquia instituida; é viver experiências em torno da nossa academia, e saber partilhá-las com os mais novos. É saber aprender, para mais tarde saber ensinar.
Como vêem, nem de longe consegui definir este conceito, mesmo já tendo sentido por tantas vezes a sua essência. Acho que passa por aí mesmo, ter de "sentir".

Quando entrei para a Lusófona, procurei logo saber se havia alguma tuna, pois desde sempre tive o "bichinho" e queria realmente fazer parte de um grupo académico. Confesso que desconhecia completamente o meio e, inicialmente, o meu motivo era mais a vertente musical existente nestes grupos. Procurei informar-me e acabei por ir às audições. Uma semana e meia depois já tinha eu comprado o traje - a capa, a batina, o colete, a gravata, a camisa, a calça, a meia e o sapato. Nessa altura ainda não tinha grande significado para mim. Não passava de um "uniforme". Começava aqui um role de vivências e de etapas que tinham de ser vencidas.

Levei 1 ano e poucos meses a passar de "pirilau" a "carrula"- o caloiro oficial da tuna. Passei a poder usar a gravata, a comer com um talher ( até então só podia comer com as mãos ), ganhei alguma autoridade perante a classe inferior, e as praxes ocorriam em menor frequência. Os tempos eram difíceis, e os veteranos muito exigentes, por isso, como devem calcular, foi uma felicidade ter ultrapassado essa barreira! Seguiu-se mais 1 ano de relativa "bonança", por vezes intercalada com algum evento, em que a praxe fazia as delícias dos mais velhos. Havia quem se lembrasse de fazer "ginástica" às 9:30 da manhã, depois de nos termos deitado há duas horas atrás, com uns copos a mais........ e de boxer para a rua, lá iamos nós.

Ao fim de quase 3 anos atinjo finalmente a etapa mais desejada, o estatuto de "tuso"- o veterano da tuna. Devo de dizer que muitos ficaram pelo caminho, e outros tantos acabaram por desistir sem nunca ter chegado ao último degrau. Hoje talvez admita que, se o consegui, em tão pouco tempo, foi devido ao excelente grupo do qual fiz parte. Ajudámo-nos uns aos outros, e com alguma inteligência e perspicácia soubemos ultrapassar as dificuldades, da forma mais aprazível possível. Podia agora traçar a capa, comer com quantos talheres quisesse, opinar, praxar, rejeitar,.... tinha ganho a liberdade tantas vezes desejada, mas, ao mesmo tempo, ganhei responsabilidade.

Ao início, quando se é pirilau, tem-se, e eu próprio tive, a idéia de que tudo gira à volta da música e que tuna que é tuna tem de andar em cima do palco a toda a hora e tocar maravilhosamente, com destreza e afínco, qual Estudantina! Nada mais errado!
Com o tempo, fui-me apercebendo que a música não é mais do que o veículo que nós, estudantes, usamos para transmitir as nossas próprias vivências, sendo ela importante, mas não o mais importante!

Entretanto fui criando amizades, acumulei experiências (e devo dizer que vivi óptimas experiências), toquei em muitas dezenas de terriolas, deambulei muito pela rua, em particular por Alfama, fiz muitas serenatas, participei em muitos bons festivais, bebi, comi, ri.... e até chorei; no meio disto tudo, fui praxado centenas de vezes, humilhado, desprezado, sempre ouvindo que " o caloiro é feio, burro, verme, imundo, desdentado, orelhudo, chato, pestilento e rameloso".......para mais tarde ter o direito de praxar, ser respeitado, e poder transmitir, às classes mais novas, tudo aquilo que é a vivência de um caloiro.

No início deste texto, disse que tinha boas recordações. Refiro-me ao passado porque hoje as coisas estão diferentes. Antes de mais, já lá vai o tempo de caloiro. Após muitas trocas de opiniões, toda a gente é consensual ao dizer que é nesse fase que uma pessoa se diverte mais. Pelo espírito de entreajuda que se cria, pela juventude, pela despreocupação, por tudo ser novidade, etc.
Hoje a minha posição é mais a de deixar legado, organizar os eventos, passar a mensagem e ensinar.
- "E não é bom?"- devem estar a perguntar!? Sim, é bom e confortável! No entanto, não é tão bom como deveria ser. A malta de agora ( não lhes chamo jovens, porque eu próprio ainda me considero jovem! ) não é feita da mesma "nata", não se movem pelos mesmos princípios e a mensagem só é captada à custa de muito esforço. Não quero com isto dizer que os caloiros de hoje estão todos perdidos,..... até porque ainda há, felizmente, algumas pessoas com vontade de levar isto em frente.
Só que, não sei se é por não terem sido feitos à base da "porrada", do pião, do berlinde, do iô-iô,......... são mais, playstation, mais autistas, menos participativos, mais obtusos, têm menos amor à camisola.... são mais desinteressados. Com a agravante de que, só em cada 100 candidatos, encontrarmos alguém que saiba tocar, minimamente, algum instrumento. Eu ainda sou do tempo em que, em Linda-a-velha, havia dezenas de bandas de garagem. Bem sei que o ensino da música no nosso país é só para alguns privilegiados, mas sempre assim o foi! Concluo que tudo o que dá muito trabalho e implica sacrifício, a rapaziada de agora deixa para segundo plano. Fundamentalmente, "tradição já não é o que era"!

Se calhar estou a dramatizar, pois o mundo tunante está um pouco decadente de uma forma geral, não é só na Lusófona. As gerações de 73 a 79 foram realmente colheitas fantásticas e, se um dia nos chamaram " geração rasca" o que chamariam à geração de hoje? Talvez seja só uma fase. Ainda há por aí muito festival, toneladas de eventos académicos, festas atrás de festas....mas não com o sabor de outros tempos!!!

Hoje entro na sala da tuna e, na maioria das vezes, tenho de ser eu a abrir a porta! Sim, porque houve temps em que ela estava sempre aberta! Com um frigorífico cheio de minis, e uma sala fresquinha nos dias quentes de verão..... que mais poderia uma pessoa desejar nos intervalos das aulas? Ao olhar para todos aqueles prémios, cartazes, adereços, parece que ainda ouço, com saudade, a harmonia do acordeão, a melodia das violas, o rasgar do cavaquinho, o tilintar dos bandolins, o ritmado do bombo, o balanço do contrabaixo e o saltitar das pandeiretas! E as vozes!!! Que arranjos magníficos a malta fazia, que logo em segundos se juntavam umas poucas dezenas de curiosos para nos ouvir tocar.

E por fim, com casamentos pelo meio, alguns já com filhos, mais carecas, barrigudos, muitos já licenciados e outros a "caminho de".....ficam as amizades, as memórias, as lembranças de bons momentos vividos, muitas histórias para contar, muito convívio, e o desejo de que a tradição continue a ser, o que sempre foi.


Beijocas e Abraços

Gonça



"Que as lembranças de um estudante,
Façam saudade na sua história."







sexta-feira, 4 de março de 2005

Azares,,,,,,,,!!!

Deixo aqui um abraço ao irmão David pela perda das suas malas em Portugal. Em tanta mala que havia no Aeroporto da Portela, tinha logo de ser a tua, já viste o azar???!!!!

Enfim, o tratamento que os "trolhas" dão às bagagens também não é dos melhores, por isso não era de admirar, pois isso acontece diáriamente!!! Pensamos é que nunca nos calha a nós!

Compra um sabonetinho para lavares a peúga e o coecão, e olha........ quanto ao barbâmio, deixa-o crescer!!!

Espero que tragam boas fotos e não deixem de visitar todos os antros de prostituição para mais tarde estabelecerem o roteiro a visitar, a pedido do Curto!

Divirtam-se!

Beijocas e Abraços

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Mais um semestre...



Acabados os exames, retornamos ao ritmo normal. Inicia-se o 2º semestre com novas disciplinas, novos professores, novas matérias, e novos problemas.... :|


Há que começar bem e desde já aviso, a quem ainda estuda, agarrem-se já e não deixem tudo para junho, pois começa o calor, praia, noitadas, e quando tiverem de estudar para os exames, .... é que são elas!!! Aproveitem que ainda está frio, e vão estudando aos poucos! ;)

Quem deseja voltar a estudar, e desde já desejo as maiores felicidades, também é bom que se mate a estudar pois os exames nacionais estão aí à porta, não tarda nada!!!

Espero que este semestre corra bem a todos, pois não há melhor sensação, a nível académico, do que chegar ao final do ano e saber que se "limpou" tudo.

Boa sorte para todos!

beijocas e abraços

Gonça


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

1ª Grande Vitória....



PASSEI A MATEMÁTICA 2 !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PELA PRIMEIRA VEZ EM TODA A MINHA VIDA UNIVERSITÁRIA PASSO A UMA MATEMÁTICA!!!

OK, OK , PODEM BATER PALMAS E FELICITAR-ME QUE EU ACEITO!!!! :)

BEM, E JÁ LÁ VÃO DUAS.....


Abraços e Beijocas

sexta-feira, 28 de janeiro de 2005

"Work Liberates"




Passados 60 anos, vem-nos à memória Auschwitz-Birkenau. É hoje lembrado como tendo sido o 1º campo de concentração de judeus.
Poderia escrever aqui no blog um extenso texto sobre as origens deste campo de concentração, e de muitos outros que havia, sobre o holocausto, o nazismo e os seus ideais, etc, ........ mas achei que, por muito interessante que pudesse ser, eventualmente, a leitura da minha escrita, não conseguiria através dela passar a vastidão de informação presente nos milhares de documentos que "vagueiam" actualmente pela internet. Por isso, deixo ao vosso critério essa mesma pesquisa, se acharem que vos interessa saber um pouco mais sobre o tema.

Foi, de facto, um dos mais terríveis actos que a natureza humana pôde cometer, ou pelo menos o único, no modus-operandis. A História tem inúmeros relatos de genocídios, crueldades e mortandades, mas nunca antes se tinha visto uma "máquina de morte " semelhante, na estrutura, na ideologia, na concepção,..... ainda para mais vindo de um povo conhecido como sendo culto e moderno, como o alemão.

Mas é um facto, aconteceu, e não foi perpetrado por monstros ou outros seres imaginários, mas sim por humanos. Milhões de pessoas foram maltratadas, humilhadas e exterminadas, tendo por base a vontade humana. O pior da sua natureza está presente nesta fotografia, que nos leva, através de uma linha férrea, à entrada de um mundo que nos acolhe com a frase: "ARBEIT MACHT FREI". A partir daí, não será difícil imaginar o pesadelo e a desumanidade ao qual aquelas pessoas estavam sujeitas.

E com isto termino, sem antes deixar de recordar às mentes mais distraídas de que, passados 60 anos, ainda há pessoas que seguem o Nacional Socialismo, outros há que não acreditam no holocausto, atribuindo a grande maioria dos relatos aos Aliados da 2ª Grande Guerra e, no meio disto tudo, estão os sobreviventes que, anos passados, dia após dia, vivem com a saudade de familiares e amigos que viram ficar para trás...... muitos sem saber como nem porquê.....

Em memória de todas essas crianças, mulheres e homens.....

Beijocas e Abraços

Gonça






quarta-feira, 26 de janeiro de 2005

Aí estão eles...!!!




Bem, está a aproximar-se aquela época depressiva do ano em que temos de estudar!!!

Isto, pra quem ainda está a tirar um curso! E as minhas aulas ainda nem acabaram!!!
Gostava sinceramente de fazer todas as cadeiras, mas isto cada vez está mais complicado,... se bem que ninguém disse que ia ser fácil! Enfim, a vida de estudante é assim mesmo e tenho é de me aguentar "à bomboca"! ( por falar em bombocas, não como disso há muito tempo)
Para aqueles que já vão a meio dos exames, desejo-lhes excelentes notas! Para aqueles que ainda agora começaram, ou vão começar ( como eu ), espero sinceramente que tudo corra pelo melhor!
Amiga Picassol, espero que explodas a secretaria com as tuas notas fantásticas e que consigas aquilo que tanto ambicionas!
Quanto a ti Boni, se fizesses Análise Mat. I , até te pagava um copo! Ok, MecÂnica Aplicada também podia ser, mas aí já te pagava uma jantarada!
Quanto aos outros, trabalhem que foi pra isso que estudaram.......
Portanto já sabem: se eu desaparecer do mapa, procurem-me em qualquer antro de estudo da cidade de Lisboa, lá estarei, de certo!!! :)
Beijocas e Abraços