Foi precursor do chamado novo circo, no sentido em que abandonou as linhas tradicionais do "maior espectáculo do mundo", cuja fórmula está em decadência. Baseiam-se no não uso de animais e chamam para cena uma multiplicidade de linguagens e técnicas artísticas - circo, ópera, dança, teatro, música, etc. - que, num laboratório de magia, sonho e imaginação, os levou a uma espiral de crescimento e sucesso.
Os espectáculos, há 15 anos sob a direcção artística de Michel Lemieux e Victor Pilon, já foram vistos por mais de 50 milhões de pessoas. Para além das produções fixas, rodam também pelos sete cantos do mundo, sendo o multiculturalismo uma das bases da filosofia das suas criações. A companhia busca artistas e números em todo o planeta e é conhecida pela sua brilhante realização técnica e plástica. Cada espectáculo desenvolve um tema específico e a companhia criou até um curioso dialecto próprio - o Cirquish - língua habitualmente utilizada nas suas apresentações.
Seja o espectáculo itinerante - como o ‘Alegria’, a caminho do Brasil, ou fixos como ‘O’, em Las Vegas, os espectáculos nascem da música e do tema para crescerem com cenários e figurinos até chegarem à maturidade, ou seja, à magia do circo.
No caso de ‘Delirium’, trata-se de fábula urbana sobre a solidão e o isolamento, a realidade virtual cada vez mais a única realidade, a televisão e o computador como companhia de todas as horas. Em matéria de banda sonora também há novidades: são 21 canções recuperadas do reportório clássico da companhia com muita percussão e pop, electrónica e world music, agora com novos textos em inglês, francês, espanhol e português.
O Cirque du Soleil está de regresso a Lisboa para apresentar o seu primeiro espectáculo de arena. De 28 de Novembro a 2 de Dezembro, o Pavilhão Atlântico receberá Delirium, espectáculo com capacidade para sete mil espectadores e cujos bilhetes estarão à venda a partir dos 35 até aos 65 euros.
Aproveito para dizer que lugares VIP e Plateia, já começam a ficar esgotados.
Beijocas e Abraços
Gonça